Diferenças Entre Respirador e Ventilador Pulmonar

O respirador, ou ventilador pulmonar, é um equipamento utilizado para auxiliar o processo de respiração em pacientes que possuem alguma deficiência ou dificuldade respiratória, seja essa dificuldade permanente ou até mesmo temporária.

Esses maquinários são úteis e extremamente importantes nos mais diversos contextos. Recentemente, devido à pandemia do Covid-19, doença causada pelo coronavírus Sars-CoV-2, os ventiladores pulmonares se mostraram protagonistas para salvar diversas vidas.

Figura 1 – Mulher Usando Máscara

Fonte: Canva

Diferenças entre respirador e ventilador pulmonar

Vale ressaltar a diferença entre um respirador e um ventilador pulmonar. Comumente, os dois termos são utilizados como sinônimos. Entretanto, sob uma análise técnica, um respirador pulmonar é um instrumento utilizado para facilitar o processo de respiração, podendo este ser mecânico ou até uma máscara de oxigênio.

Já o ventilador pulmonar pode ser descrito como um aparelho que substitui qualquer esforço feito pelo corpo no processo de troca gasosa presente na respiração.

Figura 2 – Ventilador Pulmonar

Respirador
Fonte: Canva

Há semelhança entre um ventilador pulmonar e um inalador?

É comum imaginar que há uma grande semelhança entre o processo de inalação e a de ventilação pulmonar, uma vez que ambas podem ser utilizadas contra doenças que atacam o sistema respiratório, o que de fato acontece. Entretanto, apesar dessa aparente semelhança, os dois aparelhos diferenciam em suas funções.

Enquanto um inalador oferece um fluxo de ar constante ao usuário, sem oferecer um auxílio no processo de respiração, os ventiladores pulmonares são mecanismo bem mais complexos, que oferecem um auxílio na troca gasosa, além de aumentar o fluxo de oxigênio no sangue.

Figura 3 – Homem usando respirador x máquina inaladora

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Mas enfim, como funciona um ventilador pulmonar?

Apesar de ter um funcionamento complexo, é possível explicar de maneira simples e intuitiva como um ventilador pulmonar funciona. Vale ressaltar que os respiradores evoluíram com o passar do tempo. De acordo com dados do hospital Albert Einstein, os ventiladores pulmonares eram puramente pneumáticos (com o uso de gás pressurizado), utilizando válvulas que abriam e fechavam sem um determinado controle.

Já atualmente, são usados microprocessadores, o que tornam esses ventiladores mais caros, mas muito superiores por entregarem análises profundas, como a curva de pressão no sistema respiratório e a curva de fluxo de ar entregue ao paciente, tendo assim um controle muito maior e mais seguro da respiração.

Sabendo disso, o procedimento do uso de um ventilador pulmonar ocorre da seguinte maneira:

  • Primeiramente, deve-se fazer a intubação do paciente, que consiste na passagem de um tubo introduzido pela boca e que chega até a traqueia, que por sua vez se encontra próxima aos pulmões;
  • O tubo introduzido estará ligado ao ventilador, no qual a mistura de oxigênio será umidificada e filtrada para que seja enviada limpa ao sistema respiratório;
  • Por conseguinte, será feita uma ventilação forçada, fazendo com que os pulmões se expandam, permitindo a troca gasosa. É importante ressaltar que o próprio ventilador é responsável por exalar o gás carbônico presente nos pulmões.

Um respirador pode causar efeitos negativos?

Apesar de salvar milhares de vidas todos os dias, os respiradores podem sim ser prejudiciais se operados de maneira incorreta. A ventilação fornecida pelo respirador causa uma pressão no pulmão, fazendo com que ele se expanda. Entretanto, devido à variação de tamanhos e de facilidade de expansão entre os diferentes pulmões, a força exercida pelo ventilador deve ser regulada de modo que evite lesões ou até problemas maiores.

Para fins comparativos, vamos pensar no pulmão como uma bexiga: de acordo com o tamanho e capacidade de armazenamento de ar, deve-se controlar a quantidade de ar empregada para encher essa bexiga. Caso contrário, temos o risco de explosão da mesma. Portanto, apenas médicos e fisioterapeutas especializados podem operar esses maquinários e evitar possíveis danos aos pulmões dos pacientes.

Além disso, sabe-se que o músculo responsável por fazer a inspiração e expiração pulmonar é o diafragma. Como qualquer músculo, quando não exerce algum esforço dentro de um grande período de tempo, ele enfraquece. Dessa forma, caso um paciente permaneça intubado por uma grande quantidade de tempo, o diafragma pode enfraquecer e levar a problemas futuros mais sérios.

Figura 4 – Idosa Passando Mal

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Qual a vantagem de um ventilador pulmonar para um respirador manual?

Um respirador manual tem como mecanismo de acionamento uma bolsa de ar que, ao ser apertada, leva um volume de ar aos pulmões. Desse modo, tanto o ventilador pulmonar como um respirador manual possuem a função de manter um fluxo de ar no sistema respiratório do paciente. Entretanto, como já citado anteriormente, o ventilador possui uma análise mais fina e precisa das características necessárias para o tratamento do paciente.

Por ser um processo manual, a pressão exercida por um respirador manual nos pulmões dos pacientes nem sempre é adequada, o que pode levar a sérias complicações. Dessa maneira, o ventilador pulmonar leva enorme vantagem por monitorar essa pressão por meio de sensores, além de mostrar visualmente, através de gráficos, o que está acontecendo no sistema respiratório do paciente. Entretanto, vale ressaltar que os respiradores manuais são uma opção muito viável financeiramente, e também são eficazes em diversas situações em que não é necessário o uso de um ventilador pulmonar.

 

Matheus Chiaramonte Rocha

Consultor de Marketing