Qualquer empresário vive com um único objetivo profissional: fortalecer a sua empresa a ponto de alcançar o sucesso, sendo referência no nicho em que atua e destaque como marca em todo o mercado consumidor.
No entanto, não é possível seguir uma fórmula específica para atingir o destaque tão almejado, apenas ações ou iniciativas que capacitam sua empresa e a aproximam do sucesso, sendo necessário compreender sempre que no universo do empreendedorismo, nada é realmente concreto e funcional para todas as empresas.
A ausência dessas iniciativas podem causar baixas na empresas, levando até mesmo a falência; pesquisas mostram que um terço das empresas abertas no Brasil fecham as portas no segundo ano de existência (Fonte: FGV em parceria com SEBRAE). Um fator que ao ser negligenciado pode acarretar em tal desastre são as pessoas.
Existem inúmeras empresas que sofrem com problemas de gestão, pois a atenção dessas estão somente nos números, buscando avaliar apenas o lucro e o prejuízo, ou processos e metodologias, ou simplesmente focam na questão “a empresa vende ou não?”.
O questionamento que impregna na mente é:
“Como assim pessoas? Quem são essas pessoas e o que eu posso fazer por elas?”
A primeira delas são: os colaboradores
Percebe-se que o fator humano está sempre presente em qualquer empresa, seja administrando-a, desenvolvendo processos ou vendendo produtos para o mercado consumidor. De qualquer forma, o empresário não pode executar tudo sozinho dentro da empresa, sendo assim necessária uma equipe de colaboradores engajados e determinados a crescer como profissionais, desenvolver potenciais dentro da empresa, sentindo-se parte de um grande propósito.
Com tal objetivo, busca-se desenvolver estratégias para contratação e retenção de profissionais talentosos e motivados, algumas delas seriam:
1) Boa remuneração – O mercado tende a cobrar de um profissional inúmeras qualificações no momento de sua contratação e durante seu período de atuação, porém nem sempre os salários oferecidos fazem jus à essas exigências, desmotivando o ingresso ou a manutenção do colaborador na empresa.
Por isso, valorize cada indivíduo na mesma medida em que o cobra, fornecendo-o um salário justo, além de benefícios pela sua boa atuação; Só assim, o contribuinte permanecerá motivado dentro da empresa, buscando aperfeiçoar-se a cada dia.
2) Envolvimento e transparência – A ideia central consiste em fazer seus colaboradores se sentirem parte da empresa e focados para alcançarem os objetivos atribuídos a ele e a organização como um todo. Por esse motivo, torna-se fundamental a transparência dos desejos e ambições do empresário com toda a empresa, a fim de inseri-los nesse propósito, não focando somente no crescimento da organização por si só, mas também em cada colaborador que atua diariamente.
O provérbio “A união faz a força” cabe ao momento, visto que sem a participação ativa de um único contribuinte, toda a empresa pode entrar em colapso. Todo profissional envolvido com a missão da empresa torna-se importante para a evolução dela; além disso, esse envolvimento aprimora a comunicação entre os colaboradores, reduzindo os erros durante a execução de uma tarefa e mantendo os padrões de qualidade da empresa.
Figura 2: União entre colaboradores
3) Capacitação – O avanço constante da tecnologia e do mercado de trabalho promove o contínuo processo de aprendizagem, visto que em qualquer área existente, novidades são lançadas constantemente em todos os setores; exigindo que os profissionais sigam o mesmo caminho, aperfeiçoando seus conhecimentos.
Por esse motivo, é fundamental o incentivo da empresa na capacitação do seu quadro de colaboradores a partir de cursos técnicos ou comportamentais, aprimorando os hard skills e soft skills de cada um deles; como por exemplo, cursos de idiomas, pós-graduações, palestras sobre liderança, empatia, comunicação e ética.
Dessa forma, a organização é beneficiada como um todo ao gerar um ambiente agradável para trabalho, com boa interação entre os setores da empresa, além de contar com colaboradores valorizados pelo investimento em suas carreiras realizado pela organização, gerando um sentimento de reciprocidade entre o empresário e o empregado.
A segunda: os clientes
A permanência de uma empresa no mercado depende totalmente do seu destaque no mercado consumidor, sendo o cliente o fator mais determinante. Dessa forma, é imprescindível o conhecimento do público alvo, seus problemas e seus desejos, para construir o produto focado no seu consumidor.
Para isso, é necessário aproximar-se do cliente, lembrando que o relacionamento não termina no momento em que o cliente realiza a compra, esse é o momento de início da relação. A relação baseia-se em:
1) Ouvir e ser empático: Durante toda a relação com o cliente, o foco deve estar totalmente nele, pensando sempre quais são suas necessidades e desejos, e o tratando da mesma forma que gostaria que fosse tratado naquele momento. A questão mais importante é ouvir e entender as demandas do cliente, evitando pressioná-lo a comprar o item que está a venda, pois isso pode aborrecê-lo, repelindo qualquer possibilidade de uma nova negociação.
2) Transparência: De início, é preciso explicar ao cliente quais são os serviços prestados pela empresa em questão, de forma objetiva e detalhada, deixando-o ciente do que a empresa pode realizar para ele. Com o contrato em mãos, a empresa deve fornecer ao contratado todas as informações possíveis e importantes sobre o andamento do projeto, consultando-o periodicamente a fim de construir o produto formalizando a ideia do seu idealizador, o cliente.
Valorize o consumidor, é imprescindível que eles saibam que a empresa estará sempre preparada para atendê-lo e tirar todas as suas dúvidas, isso mostra a eles a importância que eles têm no projeto e o significado para a empresa, além de proporcioná-los a participação no projeto, o que contribui para uma execução com menos erros e adaptada totalmente ao desejo do consumidor.
3) Atente-se aos feedbacks: A fim de obter um grande desenvolvimento da empresa no mercado, não se pode dispensar os feedbacks dados por cada cliente durante a execução de um projeto. Ouvi-los pode ser um dos melhores indicadores do nível de qualidade de uma empresa, sendo até os negativos importantes para o crescimento de uma organização.
Partindo de uma boa relação criada a partir das bases citadas acima, os clientes terão confiança nas ações da sua empresa, sendo assim é provável que o feedback dado seja verdadeiro e sincero; é importante ouvir cada palavra dita, anotando os pontos mais importantes a serem melhorados.
Porém, só ouvir e anotar não basta, cada feedback deve ser analisado com cautela e utilizá-los para corrigir falhas não visualizadas pelas empresas, mas encontradas pelo contratante. Assim, o objetivo é encarar a crítica, sendo ela construtiva ou não, como uma oportunidade de crescer e alcançar o sucesso.
Para contribuir com as dificuldades causadas pela negligência das pessoas, existe a falta de empreendedorismo. Vários empresários focam muito no desenvolvimento técnico, mas esquecem o fator do empreendedorismo. Todo gestor deve se planejar a fim de lidar com as incertezas e adaptar-se às mudanças ocorridas externamente e internamente. Esse planejamento corresponde a gestão da crise, nada mais que estar preparado para enfrentar imprevistos, como quedas no mercado, que podem abalar a estrutura da empresa.
Figura 2: Relação fornecedor-cliente
Além disso, existem outros dois fatores diretamente ligados com o empreendedorismo:
Inovação
Antes da criação e formação de uma empresa, o primordial é a pesquisa. Ter conhecimento sobre o mercado, comportamento e o desejo dos clientes. Porém, o mais importante é aproveitar-se de uma lacuna no mercado, nada mais do que a inovação, destacando sempre o diferencial oferecido pela sua empresa, com um serviço ou produto exclusivo e nunca visto no mercado.
Dominar o negócio
A falta de conhecimento é um fator que acarreta na falência de uma empresa. É imprescindível que o empresário tenha domínio total do ramo em que está atuando, todas as peculiaridades, a situação do mercado e da concorrência, antes da inserção da empresa no mercado. No fim, a falta de conhecimento causa o engolimento da empresa no mercado.