MAIORES DESASTRES DA ENGENHARIA

Apesar dos esforços dos grandes gênios da atualidade e com os enormes avanços nas mais diversas áreas da sociedade, assim como na engenharia, a humanidade encontra-se longe de ser infalível em seus projetos e realizações. Por vezes um erro de cálculo em uma conta simples pode passar despercebido e gerar problemas em uma prova qualquer. Porém, quando falamos em grandes projetos, os erros, por menores que sejam, podem colocar vidas em risco, causando desastres. 

Com isso, diversos programas têm sido desenvolvidos a fim de buscar uma perfeição projetual, e assim planejar uma perfeita execução, prevendo possíveis problemas que podem afetar diretamente o projeto.

Os seguintes cinco desastres aqui listados foram causados tanto por falha projetual como por falta de manutenção e descaso a procedimentos. 

1° – A INUNDAÇÃO DE MELAÇO DE BOSTON

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Figura 1 – Cidade de Boston destruída pelo melaço.  
Fonte: History.com

Em 15 de janeiro de 1919, um tanque de armazenamento de Melaço da Purity Distiling Company rompeu na cidade de Boston, liberando cerca de 8 milhões de litros de melaço nas ruas da cidade.

A onda espalhou-se por um raio de dois quarteirões, destruindo casas, comércios e levando aqueles que não tiveram chance de se salvar. Ao total, o incidente causou 21 mortes e feriu 150 pessoas, além de causar mais de US $ 7 milhões de danos materiais, equivalente a US $ 100 milhões nos dias atuais.

Após a investigação foi verificado que o acidente foi causado por vários fatores que contribuíram para a explosão. Construções de má qualidade, testes de segurança negligentes e vários anos de repetindo excessos de enchimento acabaram deixando o tanque enfraquecido o suficiente para uma ruptura. Isso se tornava ainda mais perigoso quando o melaço era submetido ao processo de fermentação para produzir etanol. Com o aumento da pressão interna, o tanque já fragilizado acabou não suportando e veio se romper.

2° – EXPLOSÃO DO ÔNIBUS ESPACIAL CHALLENGER

Figura 2 – Challenger.

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Fonte: tecmundo

O ônibus espacial Challenger foi o terceiro a ser construído pela NASA, fazendo parte da frota de 5 espaçonaves. Entre elas, a Challenger foi a com menos missões, fazendo 10 viagem ao espaço em 3 anos.

Na sexta missão que faria desde de sua fabricação em julho de 1982, um acidente fatal ocorreu. Em 28 de janeiro de 1986, após seguidos 6 dias de adiamentos devido a instabilidades climáticas e problemas técnicos, o lançamento do Challenger, para a missão STS-51-L, foi confirmado.

Na manhã do dia 28, a temperatura registrada no Centro Espacial Kennedy na Flórida, estava muito abaixo do ideal para realizar o lançamento, motivo pelo qual os engenheiros da missão avisaram seus superiores sobre os riscos que as baixas temperaturas causariam na nave. Mesmo com os avisos, o lançamento foi confirmado.

Cerca de 73 segundos após o lançamento, o Challenger foi envolvido por uma enorme bola de fogo. Um dos dois propulsores de combustível sólido entrou em combustão e em seguida a explosão fatal do tanque de combustível líquido ocorreu. A explosão matou os 7 tripulantes, entre eles um piloto, um físico, três engenheiros, o comandante e uma professora selecionada entre quase 12.000 candidatos.

Figura 3 – Explosão do ônibus espacial Challenger.

Fonte: uol

A comissão responsável pela investigação chegou à conclusão de que os anéis O-ring dos foguetes propulsores de combustível sólido expandiam-se e se contraiam à medida que sua temperatura variava. 

No dia do acidente, a temperatura no Centro Espacial Kennedy estava abaixo de zero, o que fez com que os anéis se contraíssem. Com os anéis contraídos, houve escape de combustível dos foguetes, o que causou a explosão.

3° – TORRE DE PISA

Figura 4 – Torre de Pisa.

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Fonte: Bayer

A famosa torre de Pisa, localizada no norte da Itália, foi projetada para abrigar o sino da catedral de Pisa e sua construção teve início em 1173. Logo no início da sua construção, ainda nos 3 primeiros andares, foi notado uma ligeira inclinação devido ao afundamento do terreno que era composto de argila e areia. Tais materiais são pouco firmes, ainda mais quando se fala em uma obra de grande porte.

O engenheiro encarregado do projeto, Bonnano Pisano, tentou compensar a inclinação construindo alguns dos andares acima ligeiramente mais altos. Porém, com o peso maior para o lado que já estava inclinado, acabou piorando a situação, colocando mais peso do lado crítico e afundando ainda mais a torre.

A construção só terminou na segunda metade do século XIV e, ao longo dos séculos, foram feitas várias tentativas de aprumar a estrutura de oito andares, mas de nada adiantaram. 

Desde então, várias propostas foram feitas para salvar a torre, até que uma delas, formulada por uma comissão de 14 especialistas, foi finalmente escolhida e seus trabalhos foram iniciados em 1997. 

A obra consumiu 25 milhões de dólares e só terminou em junho de 2001, reduzindo em 40 centímetros a inclinação da torre, que foi reaberta ao público em 15 de dezembro do mesmo ano.

4° – ACIDENTE NUCLAR DE CHERNOBYL

Figura 5 – Usina Nuclear de Chernobyl.

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Fonte: Istoé

O desastre de Chernobyl, como é conhecido, foi o maior acidente nuclear da história. Ocorreu na madrugada do dia 26 de abril de 1986 na cidade de Chernobyl na extinta União Soviética, atual território da Ucrânia.

O acidente aconteceu no reator de número 4 da usina de Chernobyl e foi resultado de falha humana, uma vez que os operadores responsáveis pelo reator descumpriram uma série de itens do protocolo de segurança. Não somente, foi apontado que os reatores usados em diversas usinas soviéticas tinham um grave problema de projeto, fato este que contribuiu para o ocorrido.

A explosão do reator 4 e o seguinte incêndio que durou dias, auxiliaram a dispersão de uma enorme quantidade de material radioativo que se espalhou por todo mundo. Altos níveis de radiação foram registrados por países muito distantes do ocorrido. 

Figura 6 – Cidade de Chernobyl abandonada.

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Fonte: Jovem Nerd

A cidade de Chernobyl bem como uma cidade próxima Pripyat, que sofreram com o ocorrido, tornaram-se verdadeiras cidades fantasma. Hoje em dia, o turismo é recorrente em algumas áreas das cidades, porém, ainda existem lugares onde os níveis de radiação são extremos e prejudiciais à saúde. 

5° – PONTE DE TACOMA

Figura 7 – Tacoma Bridge.

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Fonte: KIRO-TV

No verão de 1940 em Washington nos Estados Unidos, uma recente inaugurada ponte de aproximadamente 850 metros, caiu sob a ação de ventos. Foram necessárias 10 horas de incessantes ventos até que a ponte se partiu.

O colapso da ponte de Tacoma é, sem dúvidas, uma das mais impressionantes cenas registradas de desastres. Os estudos realizados para entender o acidente apontaram para duas possíveis causas, uma frágil estrutura juntamente com uma má dimensionada aerodinâmica na ponte.

A obra da ponte que teve início em 1928, teve orçamento inicial de aproximadamente 11 milhões de dólares, porém o país passava por uma grande recessão econômica, a chamada Grade Depressão de 1929. Logo, o projeto passou por vários reajustes na busca da diminuição do valor da obra. Ocorreram mudanças nos materiais usados na obra bem nas proporções dos apoios da ponte, fatos que contribuíram para o colapso da ponte. As cenas na ponte torcendo são inacreditáveis. A torçam que é vista em diversos vídeos da internet foi primeiramente confundida como um caso de ressonância. Mais tarde foram confirmadas como um tipo de vibração em estruturas, o chamado vórtice, causado pela forte ação de ventos.

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