O QUE SÃO SOFTSKILLS?
As softskills consistem em um conjunto de habilidades interpessoais e são baseadas na inteligência emocional. De modo geral, essas capacidades são influenciadas pelo ambiente ou contexto que a pessoa faz parte, ou até mesmo as experiências adquiridas ao longo da vida. Os conceitos por trás das softskills, além de uma comparação com as chamadas hardskills, já foram tratados em um outro artigo da Engrenar Jr., com ênfase para aquelas que trazem destaque dentro do mercado de trabalho, e você pode conferir clicando nesse link.
O jornalista científico e psicólogo Daniel Goleman, autor do best-seller Inteligência Emocional e especialista em softskills, afirma: “À medida que as organizações avançam e o mundo globalizado evolui, as softskills serão mais importantes que nunca”. Ainda segundo ele, essas habilidades comportamentais traduzem nossa capacidade de se relacionar com as nossas próprias emoções e o mundo à nossa volta.
Competências como boa comunicação, colaboração, pensamento crítico, autoconfiança e comunicação são alguns dos exemplos que podem ser citados de softskills que o mercado de trabalho tanto necessita em um profissional.
POR QUE ELAS SÃO TÃO IMPORTANTES?
Geralmente as softskills destacam-se nos profissionais que ocupam cargos de liderança em suas carreiras, visto que elas influenciam a maneira como os entendidos do assunto trabalham para resolver os mais variados problemas que acabam surgindo.
Dentro do mercado de trabalho, para muitos setores e cargos, é preferível um profissional que desenvolve um maior autocontrole de suas emoções, ou que saiba gerenciar seu tempo corretamente, ou até mesmo que saiba se colocar no lugar daquele que trabalha ao seu lado. Muitos desses atributos são valiosos e amplamente procurados pelos empregadores e poucos candidatos, principalmente jovens, têm dado foco para essas habilidades.
Os profissionais que apresentam tais competências costumam demonstrar abertura para feedbacks constantes, como uma maneira de estarem se reconstruindo a partir das críticas recebidas.
Em meio a tantas softskills existentes, existe uma que tem ganhado destaque ao longo dos últimos anos devido à sua importância para a liderança das grandes organizações: a empatia.
MAS, AFINAL, O QUE É EMPATIA?
A empatia nada mais é do que a capacidade de se colocar no lugar da pessoa que está a sua volta. Se inserir na realidade do próximo na tentativa de entendê-lo melhor tem se tornado uma característica amplamente buscada no mercado de trabalho. Isso acontece porque, cada vez mais, os líderes de organizações têm buscado extrair o máximo de seus liderados e muitas vezes acabam deixando de lado o contexto no qual aquela pessoa pertence.
Figura 1: Empatia é se colocar no lugar dos outros.
O renomado autor britânico e palestrante motivacional, Simon Sinek, descreve a empatia a partir da seguinte frase: “A empatia se preocupa com o ser humano e não só no que ele produz”. O especialista ainda ilustra uma situação com duas possíveis abordagens de um líder acerca de um funcionário que tem apresentado problemas de desempenho. A primeira abordagem refere-se à falta de empatia, na qual o líder aponta: “Seus números estão baixos pelo terceiro trimestre seguido. Se você não se esforçar, não poderei garantir seu trabalho aqui na empresa!”. Já na abordagem que utiliza de empatia, o líder questiona “Seus números estão baixos pelo terceiro trimestre seguido. Você está bem? Estou preocupado com você!”. Simon aponta que aquele funcionário poderia estar passando por alguma situação desfavorável, seja pessoal ou familiar, sendo este o motivo pelo seu baixo desempenho e desconhecida pelo líder até então.
IMPORTÂNCIA DA EMPATIA
A empatia tem se destacado no mercado de trabalho, pelo fato de que muitas empresas têm sofrido com o tipo de abordagem frente às dificuldades, acabando por priorizar os resultados do que aqueles que são responsáveis pelos resultados.
É fundamental nos inserirmos na realidade daqueles ao nosso redor antes de qualquer pré-julgamento acerca de atitudes ou ações daquelas mesmas pessoas. Só assim será possível voltar o foco ao principal causador dos problemas.
Simon ainda finaliza: “Temos que começar a praticar a empatia e relacionar ao que eles [liderados] estão passando. Desse jeito conseguiremos alterar as decisões que tomamos e mudaremos profundamente como enxergamos o mundo.”