Você possui vários problemas e não consegue encontrar a raiz dele? Sempre que conserta, ele acaba voltando? Já se perguntou o porquê disso? Se, sim, então você já deu um importante passo para encontrar a raiz do problema. Nesse artigo, você verá a importância de uma boa análise de causa raiz e ferramentas para realizá-la.
Mas, afinal, o que é uma análise de causa raiz?
Análise de causa raiz tem como objetivo encontrar o epicentro dos problemas, a sua origem, o que permitiu com que outros problemas acontecessem, que em muitos casos escondem o problema original de fato.
Uma prática interativa que se aprofunda em um problema ao analisar suas causas até que você atinja a raiz da causa do efeito negativo. Ela pode ser considerada como raiz somente se o efeito negativo seja prevenido totalmente depois que a causa é removida. Tal análise consiste no uso de ferramentas e estratégias para que se possa encontrar facilmente o problema raiz.
Essa análise advém da ideia de melhoria contínua. Atualmente, as empresas estão sempre buscando formas de diminuir custos e maximizar os seus lucros, além de produzir produtos de qualidade para seus clientes e, dessa forma, agregar mais valor aos seus fábricos. Desse modo, é imprescindível deixar de lado a gestão de qualidade e a busca de resoluções definitivas dos problemas que causam prejuízos a empresa.
Objetivos e benefícios da Análise de causa raiz
O primeiro objetivo da análise de causa raiz é descobrir a origem do problema.
O segundo objetivo é usar a causa raiz para entender como resolver e contornar os problemas que surgem e, assim, aprender com eles.
O terceiro objetivo é aplicar o que foi aprendido com a análise para evitar os problemas futuros ou aplicar algo que deu certo em outras situações.
FERRAMENTAS PARA ANÁLISE DE CAUSA RAIZ
Os 5 PORQUÊS
É uma ferramenta simples, contudo, muito eficaz para encontrar a origem de um problema. Ela consiste em se perguntar o porquê daquela situação está acontecendo e ir se perguntando até não se ter mais respostas. Geralmente se fazem 5 porquês, mas tudo vai depender da complexidade do problema, às vezes exigindo mais ou menos questionamentos.
Uma dica importante para entender essa ferramenta é pensar em situações comuns no dia-a-dia, como por exemplo quando alguém vai ao médico reclamar do joelho dolorido:
1 – Por que o joelho está dolorido? Porque ele sofreu uma lesão.
2 – Por que ele sofreu uma lesão? Porque ele caiu da bicicleta e bateu o joelho com força.
3 – Por que doeu tanto? Porque estava sem proteção no joelho.
4 – Por que estava sem proteção no joelho? Porque ele não tem proteção.
5 – Por que ele não tem proteção? Porque a mãe não comprou.
Um exemplo simples para mostrar o uso da ferramenta, onde se percebe a verdadeira raiz do problema. Nessa situação o médico poderia ter apenas dado um remédio para o garoto e o joelho dele iria melhorar, entretanto, não iria evitar de acontecer de novo o mesmo acidente. Dessa forma, se questionar profundamente sobre as causas de um problema pode evitar complicações no futuro, muitas vezes até maiores.
Metodologia de investigação espinha de peixe – Gráfico de Ishikawa
O Diagrama de Ishikawa também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou Diagrama de Espinha de peixe, é uma ferramenta gráfica utilizada para analisar de forma mais visual às causas raiz do problema. O propósito desta metodologia é descobrir os fatores que resultam em uma situação indesejada na organização. Por ser uma representação visual, ele auxilia a equipe a chegar nas causas-raiz que diminuem a produtividade da organização.
O Diagrama Espinha de Peixe é muito útil para quando possui diversos fatores que podem servir como problema raiz do problema, então todos eles são agrupados e colocados em forma de um diagrama que possui um formato de espinha de peixe, por isso o nome “Diagrama Espinha de Peixe”.
A construção do Diagrama funciona da seguinte forma:
- Determinar o problema que será analisado;
- Apresentar informações em relação ao que está sendo analisado;
- Realizar, junto a equipe, um brainstorming do problema, elencando possíveis causas, tanto primárias como secundárias;
- Identificar as causas mais pertinentes ao problema e agrupá-los de acordo com os 6M’s;
- Propostas de soluções para as causas apresentadas.
Mas afinal o que são os 6M’s?
O diagrama de causa efeito considera que os problemas sejam classificados em seis categorias de causas, os famosos 6M:
- Método: Nesta categoria se encaixam as causas relacionadas aos procedimentos utilizados para executar o trabalho. Pois podem aparecer problemas advindos da aplicação incorreta da metodologia utilizada naquela operação.
- Matéria-Prima: Envolve o material utilizado na execução do trabalho, problemas que podem surgir devido a inconformidade da matéria prima ou uma qualidade que não atenda aos requisitos.
- Mão de obra: Nesta categoria que serão inseridos os problemas relacionados com a execução do trabalho em si. Deve se questionar se o colaborador está bem treinado para aquela tarefa.
- Máquinas: Estudar causas relacionadas ao maquinário, possíveis defeitos ou falhas.
- Medição: Envolvem os instrumentos de medição, que podem estar mal calibrados e dessa forma interferir no produto.
- Meio Ambiente: É relacionado aos fatores externos que envolvam tanto ambiente interno como externo da empresa como local de trabalho, calor, layout da empresa, poluição entre outros que possam impedir uma execução eficaz do processo.
A seguir segue um exemplo da criação do diagrama:
QUAL A MELHOR FERRAMENTA A SE ESCOLHER?
Neste artigo, você pôde ter uma ideia de duas ferramentas importantes para encontrar a causa raiz de um problema, entretanto, elas não são as únicas e muito menos 100% eficazes. Em muitos casos vai exigir de você uma análise bem profunda e o uso de outras ferramentas mais específicas para cada situação. Desse modo, é importante ter um bom senso crítico para analisar qual deve ser utilizado.
Encontrar a causa raiz vai exigir muito esforço, por isso o trabalho em equipe é essencial e constantes brainstorming são necessários, pois nesse tipo de análise quantos mais pontos de vistas diferentes, mais causas podem ser encontradas.
Agora que você já entende como funciona uma análise de causa raiz, jamais se esqueça que a melhor ferramenta é aquela que mais se adequa ao seu problema e que apenas “apagar o incêndio” não é o suficiente, deve-se atacar a origem do problema em si, dessa forma, evitando complicações futuras.
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